Voluntári@s de NóS-Unidade Popular derrubam umha estátua de Franco em Narom
Coincidindo com um acto de homenagem aos represaliados e represaliadas polo franquismo na comarca de Trasancos
Voluntári@s de NóS-Unidade Popular derrubam umha estátua de Franco em Narom
NóS-Unidade Popular, organizacom unitária da esquerda independentista galega, fijo coincidir o fim do "Congresso da Memória"decorrido no Concelho de Narom entre os dias 4 e 7 de Dezembro, com umha espectacular accom contra a simbologia franquista que ainda inca as ruas e edifícios públicos da Galiza.
Às onze da manhá, umha hora antes do início do acto de encerramento do citado congresso, celebrado na paróquia naronesa do Val e no qual se inaugurou um monumento às vítimas do franquismo, um grupo de militantes independentistas fijo cair umha estátua dedicada ao general Franco situada na paróquia de Sam Mateu de Trasancos (Narom).
Em plena luz do dia, no centro de umha rotunda na estrada que une Ferrol com Valdovinho e Cedeira, no termo municipal narones, encontra-se a paróquia de Sam Mateu de Trasancos, cujo cemitério está cheio de republicanos e nacionalistas galegos assassinados polos fascistas espanhóis. Nesse ponto, o franquismo impujo umha estátua dedicada ao general Franco, que até esta manhá o representava em pé rodeado de balas de canhom, e que em diversas ocasions tinha sido objecto de ataques por parte de um povo farto de aturar ali o símbolo da humilhacom e a infámia fascista.
Depois de 25 anos desde a morte de Franco, sem que nengum governo municipal tivesse efectivado umha tam elementar demanda popular, o conhecido como "ladrom das patacas" caiu finalmente numha accom realizada em plena luz do dia. Quatro militantes independentistas subírom ao pedestal da estátua, pintando-a de cor-de-rosa para a seguir golpeá-la na cabeca com umha maca. A cabeca do "ladrom das patacas" caiu ao primeiro impacto. Logo a seguir, as macas golpeárom repetidamente os pés da figura do fascista, que aginha dobrou caindo frontalmente entre os aplausos dos militantes e simpatizantes independentistas que encorajavam a accom atrás de umha faixa com a legenda "Simbologia fascista, fora da Galiza".
Umha segunda faixa com a mesma legenda foi dependurada do pedestal, já com a estátua caída aos pés dos activistas.
A polícia espanhola chegou ao lugar em numerosos carros e motas, à caca d@ independentista, e ocupando o lugar durante as horas seguintes. Porém, nengum dos activistas foi localizado, e as forcas repressivas tivérom que conformar-se com deter um carro particular em que dous independentistas se dirigiam a participar no acto público dedicado no Val às vítimas da repressom fascista. Os dous jovens f'rom identificados e obrigados a comparecer na esquadra policial.
Já no acto de encerramento do "Congresso da Memória", foi inaugurado o monumento de lembranca das centenas de represaliad@s polos fascistas durante o golpe de estado, a guerra e as décadas de ditadura militar. Ao pé do cemitério, e depois de que a Igreja católica representada polo bispo ultra Gea Escolano denegasse os seus terrenos na zona para construir o citado monumento, decorreu um emotivo acto de lembranca em que os representantes institucionais ficárom à margem do sentir geral da centena longa de participantes. Com efeito, um ex-alcaide de Narom e o representante da Associacom para a recuperacom da Memória Histórica desmarcárom-se hipocritamente da accom contra a simbologia fascista, chegando a afirmar que nom tinha nengumha importáncia a subsistencia de semelhantes vestígios do fascismo espanhol nos espacos públicos da Galiza, e chamando à "reconciliacom" entre vítimas e carrascos. Porém, os aplausos das pessoas assistentes só se ouvírom quando, logo das intervencons citadas, o poeta Dario Joám Cabana afirmou o seu apoio, e o da associacom "Redes Escarlatas", ao necessário labor de limpeza democrática que representou nessa mesma manhá a queda do monumento ao fascista espanhol.
O Hino Nacional e umha oferta floral pujo o ramo a um acto de homenagem em que participárom também numerosos militantes independentistas galegos, ao lado doutros sectores da esquerda trasanquesa, um acto reforcado pola imediatamente anterior rotunda accom popular que finalmente restituiu simbolicamente a dignidade ao sofrido povo de Narom e da Galiza toda. Frente à imposicom constituicional espanhola, hoje vivemos um pequeno triunfo para a democracia galega que queremos construir.
A seguir, apresentamos o comunicado difundido pola organizacom unitária da esquerda independentista galega, NóS-UP, com motivo da iniciativa protagonizada polos seus militantes na manhá de hoje:
Perante a accom que tivo lugar hoje, 7 de Dezembro de 2003, NóS-Unidade Popular, organizacom política unitária da esquerda independentista, quer manifestar:
1.- A escolha do dia 7 para realizar a accom contra a simbologia franquista nom foi casual. Hoje, a escassos quilómetros do mesmo lugar onde NóS-Unidade Popular fai esta accom contra o fascismo, é inaugurado um monumento, na Igreja do Val, em lembranca de tod@s @s luitadores/as antifranquistas executad@s no mesmo adro desse templo. Com esta accom queremos contribuir para a justa homenagem aos milhares de assassinad@s, represalidad@s, torturad@s, polo fascismo durante a sanguinária ditadura de Franco.
2.- Queremos recordar ao povo trabalhador da comarca que a nossa organizacom desenvolveu nos últimos anos diversas iniciativas contra a simbologia fascista que ainda "pervive" em Trasancos; nomeadamente contra a estátua de Franco de Ferrol, destacando a espectacular accom na que foi integramente pintada de rosa, desenvolvida em Novembro de 2000; a posterior manifestacom que decorreu polas ruas de Ferrol em Outubro de 2001 em apoio aos tres militantes encausados (posteriormente absolvidos); assim como numerosas iniciativas e pronunciamentos municipais em contra da permanencia da simbologia fascista na nossa comarca e polo pleno reconhecimento das vítimas do franquismo.
3.- Perante a homenagem promovida pola "Associacom Cultural Memória Histórica Democrática", às centenas de galeg@s assassinados polos militares franquistas alcados contra a legalidade republicana em Julho de 1936, a Assembleia Comarcal de Trasancos de NóS-Unidade Popular quer manifestar a sua denúncia da flagrante contradicom em que incorre o Governo municipal de Narom, e em especial o seu alcaide Xoán Gato, membro do Comité de Honra deste Congresso da Memória, ao permitir que o máximo responsável pola repressom facista, o general Franco, continuasse a ocupar um lugar em Narom, com umha estátua que representava um insulto à memória d@s assassinad@s e represaliad@s.
4.- NóS-Unidade Popular, comprometida com a luita antifascista, manifesta que nom cessará na sua luita pola plena eliminacom de toda a simbologia fascista que inca edifícios e espacos públicos da nossa comarca (Cruz dos Caídos em Ferrol, estátua de Franco dentro do Arsenal Militar, Cruz dos caídos em Fene, vidraca fascista no concelho de Ferrol, escudo franquista na Biblioteca Municipal de Ferrol, etc....).
5.- Como parte da condena à ditadura e no caminho da recuperacom dos nossos sinais de identidade colectiva, reclamamos a recuperacom do nome tradicional da Porta Nova, rejeitando a permanencia do nome imposto polo franquismo (Plaza de España).
Direccom Comarcal de NóS-Unidade Popular em Trasancos
Narom 7 de Dezembro de 2003