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Galiza :: 22/10/2003

Concentracom independentista perante o Parlamento galego

NóS-Unidade Popular
Enquadrada na campanha de NóS-UP pola autodeterminacom para a Galiza

Enquadrada na campanha em prol do direito de autodeterminacom com que NóS-UP inciou este curso político, a esquerda independentista galega foi a única expressom política e social do país que reclamou liberdade para a Galiza coincidindo com o denominado "debate do estado da autonomia".

Enquanto @s deputad@s das tres forcas com presenca na cámara encenavam um debate sem o mais mínimo interesse para o povo trabalhador, militantes independentistas galegos despregavam umha faixa diante da porta principal do Parlamento do Hórreo, na capital galega, sob a legenda "Sem autodeterminacom parlamento de cartom", e difundiam um comunicado com a posicom independentista ante o acto que decorria no interior do prédio.
Finalizado o acto nove d@s participantes f'rom identificad@s por unidades da polícia espanhola.

Até final de ano, NóS-Unidade Popular levará adiante umha campanha nacional reclamando o exercício do direito de autodeterminacom consistente em concentracons, actos públicos e diversas iniciativas como mocons municipais solicitando que os concelhos galegos aprovem o direito do nosso país a decidir por si próprio o seu destino.

A seguir, reproduzimos o documento político central desta campanha:

Espanha é a nossa ruína
AUTODETERMINAÇOM

Após mais de duas décadas de Autonomia, a situacom da nacom galega e do seu povo trabalhador tam só tem piorado.
Desde 1978, data da aprovacom da Constituicom espanhola continuadora do franquismo, nom se tem resolvido nengum dos problemas que padece o nosso povo: desemprego, precariedade laboral, acesso à vivenda, pobreza e exclusom social, -agravado nas mulheres-, perda de galego-falantes e espanholizacom, destruicom dos sectores estratégicos da economia nacional. Hoje, a Galiza e o conjunto d@s galeg@s somos mais pobres, mais dependentes, mais atrasados a respeito de Espanha e a UE que em 1980. Trabalhamos mais horas e ganhamos menos. A exploracom, saque e marginalizacom do país polo capitalismo espanhol e transacional é superior ao que padecíamos há vinte anos. A situacom é tam grave que mesmo os índices estatísticos oficiais já nom podem evitar constatar que a convergencia com Espanha e com a UE está cada vez mais longe de ser umha realidade.

O actual Estatuto de Autonomia e a Constituicom espanhola da qual emana, nom só nom f'rom aprovados pola maioria do povo galego, senom que som instrumentos legais impostos por um regime, a democracia espanhola, carente de qualquer legitimidade democrática ao ser continuadora directa da ditadura fascista, encabecada polo rei imposto por Franco.

A causa desta situacom deriva da ausencia de soberania do povo galego para decidir em liberdade e democraticamente o seu futuro, para poder governar-se em funcom dos seus interesses e necessidades. Espanha nega o legítimo direito de autodeterminacom. Um direito permanente, inalienável e irrenunciável de qualquer povo para poder escolher o seu destino, decidir o seu futuro sem interferencias externas ou limites para o seu exercício.
A Espanha de Aznar, Zapatero, Llamazares, Amáncio Ortega, em plena ofensiva fascista, nega a nossa existencia como povo diferenciado, conculca os nossos direitos elementares, nega que o povo galego e a Galiza somos o único sujeito e ámbito soberano de decisom. O capitalismo espanhol leva cinco séculos tentando anquilar-nos utilizando todo o tipo de violencia. Até agora, por mor da resistencia colectiva, nom tem consumado o genocídio.
Mas por primeira vez, na milenária história do nosso povo, está em perigo a sobrevivencia de Galiza como nacom.
Parte dos mecanismos defensivos que as classes populares galegas construírom ao longo da história para fazer frente à permanente agressom a que nos vemos submetidos por Espanha tenhem renunciado à luita. As suas elites venderom-se por um prato de lentelhas. O nacionalismo oficial, perante a ofensiva fascista, definitivamente optou por claudicar confomando-se com as migalhas da comodidade institucional e os privilégios que concede o regime.

Defender, exigir e exercer no dia a dia o direito de autodeterminacom é umha necessidade para podermos construir a nacom galega ao servico das suas classes trabalhadoras. Sem autodeterminacom nom é viável umha sociedade justa e igualitária, nom é possível superar as desigualdades, as opressons que impom o capitalismo, nom há a mais mínima possibilidade de construir umha democracia socialista.
As evidentes responsabilidades e a criminosa atitude das autoridades espanholas no afundamento do Prestige confirmam a imperiosa necessidade de sermos livres para decidirmos por nós próprios. Espanha é a ruína do povo galego.
O povo trabalhador galego necessita por mera sobrevivencia reivindicar e luitar pola autodeterminacom e a democracia.
A esquerda independentista organizada em NóS-UP tem a firme decisom de continuar adiante luitando pola independencia nacional, para construir umha sociedade socialista superadora do patriarcado.

Galiza, Outubro de 2003

www.nosgaliza.org

 

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