lahaine.org
Galiza :: 07/10/2005

Galiza: NóS-UP apresenta as 444 medidas concretas para umha nova política nacional e de esquerdas

NóS-Unidade Popular
Umha delegacom da Direccom Nacional de NóS-Unidade Popular conformada por Gema Branco, Maurício Castro, José Dias Cadaveira, Bruno Lopes Teixeiro, Carlos Morais e André Seoane Antelo apresentou hoje 6 de Outubro de 2005 em conferencia de imprensa realizada em Compostela as 444 medidas concretas para umha nova política nacional e de esquerdas

6 de Outubro de 2005

Umha delegacom da Direccom Nacional de NóS-Unidade Popular conformada por Gema Branco, Maurício Castro, José Dias Cadaveira, Bruno Lopes Teixeiro, Carlos Morais e André Seoane Antelo apresentou hoje 6 de Outubro de 2005 em conferencia de imprensa realizada em Compostela as 444 medidas concretas para umha nova política nacional e de esquerdas. TABELA REIVINDICATIVA DE MÍNIMOS PARA O NOVO GOVERNO AUTONóMICO.

A derrota eleitoral do Partido Popular nas passadas eleicons autonómicas e a posterior formacom dum novo governo de coligacom entre PSOE e BNG abriu, sem lugar a dúvidas, um novo cenário político no nosso país que é a um tempo causa e conseqüencia das grandes expectativas de renovacom abertas no seio da maioria social. Porém a esquerda independentista sabe que o novo Executivo nom assume um programa rupturista, nem tem vontade de realizar transformacons de fundo. Nom é a nossa intencom pedir peras ao olmo, senom unicamente exigir um mínimo de compromisso na transformacom real do país nos parámetros social e nacional.

Somos conscientes que vai ser basicamente a autoorganizacom do Povo Trabalhador e a constante pressom sobre as instituicons autonómicas quem logrem concessons e o cumprimento das promessas eleitorais.

Para atingir este objectivo: umha mudanca de política, a esquerda independentista exercerá de oposicom rigorosa e firme. O documento apresentado por Maurício Castro é umha alternativa real e concreta de medidas para que o novo executivo aproveite a estreita margem de manobra das coordenadas jurídico-políticas a prol da maioria social galega e para dar passos nítidos na construcom nacional da Galiza.

A iniciativa editada num caderno de 113 páginas, dividido em áreas sectoriais: direitos e liberdades, economia e sócio-laboral, saúde, ensino, servicos sociais, vivenda, urbanismo, transporte e ordenacom do território, ambiente, mulher, juventude, língua, cultura e desporto, está concebido como folha de rota da esquerda independentista em relacom com o novo Governo autonómico.

É umha proposta incompleta, que se irá desenvolvendo, alargando e aperfeicoando em base nas sugerencias, análises e contributos dos movimentos sociais, do associacionismo, dos colégios profissionais, das organizacons sindicais e gremiais, das entidades desportivas, culturais, juvenis, de mulheres, ecologistas e ambientalistas, dos mais variados agentes sociais interessados na transformacom do País desde parámetros nacionais e de esquerda.

Tal como se transmitiu neste acto de apresentacom, NóS-UP pretende contribuir para o sucesso desta tarefa colectiva, e a partir da lógica divergencia ideológica e política, dos matizes tácticos, das diversas interpretacons dos acontecimentos, que emanam desta pluralidade, mas sempre asssumindo o respeito mútuo que deve caracterizar os movimentos populares, procura basicamente contribuir para estabelecermos um diálogo aberto e franco com todos aqueles sectores sociais que contribuírom nos seus particulares espacos e meios de actuacom para a derrota do PP.

Embora a imensa maioria destas iniciativas sejam plenamente viáveis no marco estatutário e neoliberal, só serám possíveis se contarem com decisom e valentia política à hora de querer aplicá-las, mas também como fruto de um amplo acordo nacional entre toda a oposicom política e social, sem excluson de nengumha índole.

As 444 propostas tácticas vam precedidas pola posicom de NóS-UP sobre a reforma estatutária que o governo da Junta da Galiza pretende impulsionar nesta legislatura. Gostávamos que realmente se estivesse a abrir um debate franco sobre o enquadramento nacional do povo galego, que de dar-se sob as mínimas garantias democráticas, isto é, reconhecendo o direito de autodeterminacom da nacom galega, nom fecharia de princípio nengumha opcom, ficando abertas as portas a que a situacom do status jurídico do povo galego pudesse eleger entre a plena integracom no Estado espanhol, mesmo com um nível de auto-governo inferior ao actual, e a construcom dum Estado independente. Sem esquecer qualquer das variantes de modelos de associacom federal ou confederal. Portanto, seria exclusivamente o povo galego e a Galiza, como sujeito e ámbito soberano de deciom, que teria capacidade para determinar o seu futuro sem interferencias alheias ao nosso específico centro de gravidade.

Porém, NóS-Unidade Popular manifesta a sua mais aberta desconfianca diante do anunciado processo de reforma do Estatuto de Autonomia enquanto este parte dumhas condicons prévias em que, na realidade, nom se reconhece à Galiza a sua natureza nacional, e em que o conjunto do povo galego vai ser mero espectador de um debate superestrutural realizado polas cúpulas políticas dos partidos com representacom institucional. Este "debate" é claramente fraudulento pois em realidade só procura umha mais cómoda integracom e perpetuacom da dependencia da Galiza num quadro jurídico-político responsável da grave situacom social, económica, cultural, do nosso país.

Entre as 444 reivindicacons destacam as tres primeiras pola sua urgencia e valor simbólico e práctico:

1. Empregar por dignidade e orgulho nacional o correcto nome do país: GALIZA.

2. Abrir umha auditoria sobre os 16 anos do fraguismo para delimitar responsabilidades individuais e colectivas, no ámbito penal e administrativo, no saque dos recursos públicos que caracterizárom quatro legislaturas consecutivas de corrupcom, nepotismo e apropriacom de património público.

3. Difundir entre o conjunto d@s habitantes da Comunidade Autónoma o programa de governo assinado entre os dous partidos que o sustentam, convertendo assim em testemunha da sua aplicacom ao conjunto do Povo Trabalhador Galego o contrato político assinado por Emílio Peres Tourinho e Anjo Quintana.

Nas próximas semanas o documento será apresentado e debatido com as entidades e representantes dos movimentos sociais, culturais, juvenis, ecologistas, sindicais, de mulheres, etc, e simultaneamente em diversos actos políticos realizados nas principais comarcas do País.

Com esta iniciativa, a esquerda independentista representada por NóS-UP abre umha nova fase política caracterizada polo diálogo com a sociedade galega apresentando alternativas concretas, perfeitamente aplicáveis no actual marco jurídico-político.

Mais informacom no web nacional de NóS-Unidade Popular

 

Este sitio web utiliza 'cookies'. Si continúas navegando estás dando tu consentimiento para la aceptación de las mencionadas 'cookies' y la aceptación de nuestra política de 'cookies'.
o

La Haine - Proyecto de desobediencia informativa, acción directa y revolución social

::  [ Acerca de La Haine ]    [ Nota legal ]    Creative Commons License ::

Principal