lahaine.org
Galiza :: 23/09/2006

PSOE unifica as direccons da Polícia e a Guarda Civil no horizonte do corpo policial único

Organismo Antirrepresivo CEIVAR
O Conselho de Ministros de Espanha aprovava o dia 8 a formacom dum mando policial único para a Polícia e a Guarda Civil. A unificacom da direccom de ambos corpos repressivos, além de obedecer à negada estratégia do corpo policial único estatal, que procura ultrapassar algo tam obsoleto na UE como a realizacom de tarefas de "ordem pública" por umha instituicom militar, responde a um momento decisivo: a reformulacom territorial do Estado e o processo político em Euskal Herria.

Segundo vem de decidir o Executivo de Madrid, 123.000 agentes da Guarda Civil e a Polícia espanholas passárom a estar sob mando único. Trata-se dumha reforma histórica em Interior materializada a partir do programa eleitoral do PSOE de 2004. Pérez Rubalcaba assegurou que a mudanca pretende "aumentar a eficácia na luita contra o terrorismo, a delinquencia organizada e a imigracom ilegal" e apontou que a unidade de mando da FSE nom afectará às "competencias e natureza de cada corpo", afirmando que a continuidade do instituto armado é inquestionável.

A fusom das direccons dos dous corpos repressivos veu acompanhada de mudancas e ascensos na cúpula "antiterrorista". Segundo Rubalcaba, que negou a perspectiva da criacom dum corpo policial único espanhol, o objectivo da decisom é "melhorar a coordenacom dos dous grandes corpos de seguranca". Aliás, assegurou que a Guarda Civil espanhola seguirá sendo umha instituicom militar.

Concentracom de poder
sob a batuta de Interior

A mudanca operada a iniciativa de Rubalcaba concentra o poder de Interior em poucas maos e sob controlo directo do ministro. Evidencia de como a criacom do mando único obedece a circunstáncias de política conjuntural, à vez que estratégicas, é o facto de que na reordenacom do organigrama a Direccom Geral de Instituicons Penitenciárias (DGIP) passa a depender directamente da Secretaria de Estado para a Seguranca, presidida por Antonio Camacho, abandonando a subsecretaria de Estado de Interior, organismo de carácter muito mais técnico.

Esta decisom de reforcar o controlo da DGIP polo Executivo nom é gratuita, umha vez que o "tema presos" será central no processo aberto em Euskal Herria. Aliás, também se coloca o Centro Nacional de Coordenacom Antiterrorista (CNCA) e o Comité Executivo do Mando Unificado das Forcas e Corpos de Seguranca do Estado (CEMU) às ordens directas de Pérez Rubalcaba, quando antes dependiam do secretário de Estado para a Seguranca.

Perfil do novo responsável polas FSE

O novo director geral da Polícia e a Guarda Civil, Joan Mesquida (Malhorca, 1962), converte-se num dos homes mais poderosos do Estado e terá mando sobre 123.000 agentes policiais a partir da sua nominacom, quase o duplo de efectivos de tropa e marinaria do Exército espanhol (76.203). Com fama de técnico, discreto e home de "centroesquerda", Mesquida é licenciado em Direito e Ciencias Políticas pola Universidade Complutense de Madrid, onde foi pupilo de Fraga Iribarne.

Jovem nacionalista no PSM, o actual director geral das FSE ligou-se na etapa universitária à seita fundamentalista Opus Dei e foi consultor da auditora Arthur Andersen. Posteriormente, Mesquida mudou o mundo dos negócios pola política profisional e ingressou no PSOE desempenhando diversos cargos institucionais. Reconhecido como bom gestor nas Illes Balears, o novo responsável das FSE chega a Madrid como director geral de Infraestruturas do Ministério de Defesa com José Bono. O ministro de Interior, Pérez Rubalcaba, nomearia-o em Maio director geral da Guarda Civil trás remover desta o general Gómez Arruche, polémico trás as suas declaracons sobre o "Caso Roquetas".

Mesquida dirigirá 72.000 guardas civis e 51.000 polícias espanhóis, manejando informacom mais sensível do que qualquer responsável público do seu nível. A respeito do processo basco, o novo director geral das FSE tem afirmado que estas devem "preparar-se para o pior". Mesquida estará às ordens directas de Antonio Camacho, secretário de Estado para a Seguranca, situado recentemente no centro da polémica mediática pola sua intervencom numha TV a respeito da existencia de torturas contra militantes polític@s no Estado espanhol. Anexamos o linque do vídeo ao pé da notícia.

Reaccons

A reconfiguracom policial foi objecto de rechaco por parte do PP e recebida positivamente por parte das associacons corporativas da Guarda Civil e a Polícia espanhola. O secretário executivo de Justica do PP, Ignacio Astarloa, punha o grito no céu falando de "golpe de mao monstruoso ao modelo policial" e "escándalo maiúsculo" e manifestava a sua "incredulidade" face a criacom do mando único "precisamente pola situacom de negociacom com ETA". De fundo da polémica, situaria-se a intencom do PP de sabotar por todos os meios o processo político aberto em Euskal Herria.

Por sua parte, as associacons corporativas de agentes louvárom a medida. Segundo Manuel del Álamo, porta-voz da Associacom Unificada de Guardas Civis (AUGC), a unificacom da direccom permitirá "optimizar os recursos" e "impulsionará a coordenacom entre ambos corpos policiais". Também Maximino Real, secretário de Comunicacom do SUP, valorizou a decisom como "muito positiva".

Mais informacom: http://www.youtube.com/watch?v=IEGv6VPXuD4

Joan Mesquida, novo director geral da Polícia e a Guarda Civil espanholas

 

Este sitio web utiliza 'cookies'. Si continúas navegando estás dando tu consentimiento para la aceptación de las mencionadas 'cookies' y la aceptación de nuestra política de 'cookies'.
o

La Haine - Proyecto de desobediencia informativa, acción directa y revolución social

::  [ Acerca de La Haine ]    [ Nota legal ]    Creative Commons License ::

Principal