A confissao de John Kerry
NOTA DOS EDITORES
Sabia-se, através de fontes credíveis, que o governo de Obama tinha desempenhado um importante papel na criação e financiamento do Daesh,o autointitulado Estado Islâmico e da sua intervenção na Síria e no Iraque. Somente apos a divulgação dos monstruosos crimes cometidos pela organização terrorista, os EUA simularam combatê-la.
Uma notícia publicada pelo New York Times em 30 de Setembro de 2016 revelou pela primeira vez que a Administração americana encarava o envolvimento do Daesh no conflito sírio.
Tratava-se de extratos de uma conversação mantida pelo secretário de Estado John Kerry durante a Assembleia Geral da ONU com dirigentes de um grupo da oposição síria. Do diálogo transparecia que Kerry lamentava que o Congresso impedisse o envio de tropas americanas para combater o regime do presidente Bashar Al Asad. A gravação esclarecia que o secretário de Estado sugeria aos seus interlocutores que procurassem a ajuda de uma força militar capaz de contribuir para o derrubamento do governo da Síria.
Esse texto do New York Times não foi porém divulgado pelas agências noticiosas e não foi comentado pelo governo Obama.
O caso foi praticamente esquecido. Mas em janeiro de 1917, The Last Refuge divulgou a íntegra da conversa de Kerrry com os dirigentes da oposição síria que durou 36 minutos.
Ficou transparente que os extratos do New York Times, cuidadosamente selecionados, visavam proteger o governo de Washington e não comprometê-lo. O texto integral da gravação confirma que o objetivo estratégico da Administração Obama era o derrubamento de Bashar Al Asad e que para isso contava com a intervenção decisiva do Daesh que receberia armas e ajuda financeira.
O silêncio de John Kerry a respeito da conversa secreta é compreensível. As sugestões que fez aos oposicionistas sírios aconselhando-os a uma aliança la com os terroristas do chamado Estado Islâmica violam frontalmente a Carta da ONU.
Conclusão: o governo de Barack Obama esconde que, pela palavra do seu secretário de Estado, encarou com simpatia a intervenção na Síria dos terroristas do Daesh, dispondo-se a apoiá-los.