[Gal/Cast] Quem sementa ventos recolhe tempestades
Galego
Para analisarmos as causas e as consequências do múltiplo atentado terrorista que assolou a outra pola noite em Paris, provocando um saldo provisório de mais de 125 mortes e centenares de pessoas feridas, devemos enquadrar os factos com perspetiva histórica, e nom mediante leituras superficiais e imediatistas seguindo a linha imposta polo relato da ditadura informativa burguesa.
A escala global o governo do Elísio, ao igual que o conjunto da UE, age como subpotência imperialista submetida aos interesses dos EUA. Porém, naquelas zonas do planeta que formárom parte do seu antigo impêrio colonial, a França mantém umha maior atividade e protagonismo visando perpetuar a sua influência e tutelagem. Assim na África ocidental tem despregadas tropas em diversos países de forma permanente para assegurar recursos vitais de matérias para a sua economia, como no Mali, na Costa de Marfim, Chad, República Centroafricana ou no Níger, onde o uránio das minas de Arlit e Imouraren som essenciais para o funcionamento das centrais nucleares francesas que geram 80% da sua eletricidade.
O controlo do Sahel, a franja de mais de 5.000 quilómetros que se extende polo Senegal, Mauritania, Mali, Argélia e Níger é determinante para garantir o fornecimento energético francês.
Mas nom só, a França tem quatro bases militares no continente: no Djibuti, no “corno de África, na Ilha Reunióm, no Índico, mais no Senegal e no Gabóm.
Em 2009 Nicolas Sarkozy inaugurou no Abu Dhabi, nos Emiratos Árabes Unidos (EAU), a primeira base militar francesa permanente no Golfo Pérsico e a única que a França possui fora de África.
A exploraçom e dominaçom dos “países pobres e periféricos” empregando diversos e complementares mecanismos, em que o uso permanente da hegemonia militar é determinante, foi e é o que Lenine definiu nitidamente como imperialismo, e que contrariamente a que nos tentou vender o postmodernismo nom só desapareceu, está mais vivo que nunca.
O Estado francês é umha potência imperialista, e nom o país da liberté, égalité e fraternité que se destacava hoje na hipócrita mensagem de pura propaganda política que os partidos do regime espanhol, com a colaboraçom lamentável da esquerda nacionalista galega e das forças autodenominadas de esquerda “ruturista”, implementárom nas principais cidade da Galiza.
A Síria ao igual que o Líbano, após a desintegraçom do império otomano no final da Primeira Guerra mundial, ficárom sob o controlo de Paris na divisom regional acordada com a Gram Bretanha, rubricada nos Acordos secretos Sykes-Picot [1916].
Imperialismo francês
França como antiga potência colonial, viu umha magnífica oportunidade para recuperar a sua influência na Síria, participando desde o minuto zero na estratégia de derrubar o governo de Bacher Al Assad mediante a exportaçom das prefabricadas “primaveras árabes” polos serviços de inteligência imperialista que alterárom parcialmente alguns dos governos do norte de África desde 2010.
França jogou um rol mui destacado na criaçom, no financiamento, na formaçom, dotaçom de armas e de todo tipo de material logístico do que inicialmente era um conjunto de pequenos grupos terroristas de orientaçom yihadista até transformá-los num enorme exército mercenário, logo de fracassar a via de deslocar de Damasco ao atual governo sírio mediante a “rebeliom espontánea” iniciada em março de 2001 na cidade surocidental de Daraa.
Recentes declaraçons públicas de François Hollande, como também de Hillary Clinton, reconhecem abertamente o seu apoio às forças terroristas que pretendem impor um califato na regiom. Mas a política da mentira e da manipulaçom mais burda, as mudanças táticas provocadas por perda de controlo do monstro tal como lhe aconteceu a Vítor Frankenstein, e o fracasso da destruiçom da Síria tal como tinham previsto as monarquais feudais do golfo, Israel, a Turquia, etc, polo veto da Rússia e da China no Conselho de Segurança da ONU, impedindo umha intervençom direta como na Líbia, tem provocado umha enorme confusom na populaçom galega e ocidental. Mas também cumpre nom óbviar que as vacilaçons das forças de esquerda e progressistas nom tenhem contribuido a clarificar qual é a posiçom correta.
Caos capitalista e hipocrisa ocidental
De facto os meios de [des]informaçom ocidentais nom divulgárom, nem divulgam, ilustrativo material gráfico que se pode achar com facilidade na rede onde aparece o senador republicano ianque John McCain com o atual “califa” Abu Bakr al Baghdadi, também conhecido como Ibrahim al-Badri, líder do ISIS ou Daesh no seu acrónimo árabe.
O que foi candidato presidencial da extrema-direita, que age como “chanceler” da Casa Branca e do complexo militar industrial para os temas “sensíveis” em que é desaconselhável a presença de John Kerry, mantivo umha reuniom ilegal na Síria em maio 2013 com destacados dirigentes e líderes das forças terroristas que combatiam e combatem o governo de Damasco, que serviu para impulsionar a guerra e a devastaçom.
Esta é a realidade. A expansom do Daesh na Síria, no Iraque, no Iémen, no norte de África, só foi é é possível com o ingente apoio imperialista, bem diretamente ou bem mediante os governos dos países que defendem os interesses imperialistas: Arábia Saudita, Qatar, Turquia e Israel. Reparemos que o Estado sionista -teoricamente inimigo principal no discurso yihadista-, nom foi alvo do Daesh até o momento, e sim empresta cobertura logística no ámbito hospitalar, das comunicaçons, da inteligência, etc a alguns dos mais sanguinários grupos da constelaçom terrorista que pretende acabar com a República Árabe Síria.
Damasco levava meses advertindo que a Europa pagaria caro as consequências de apoiar o terrorismo na Síria. Os sus prognósticos eram acertados, tal como se constatou onte em Paris.
Os EUA e a França criárom o ISIS ou Daesh, e durante muito tempo tem sido funcional para tentar dobregar o Irám, para dificultar a independência do Kurdistám, para dividir artificialmente ao mundo musulmano com diversas leituras do Corán, para proteger Israel, mas também para justificar entre as sociedades ocidentais a estratégia do caos que o capitalismo está implementando em amplas zonas da “periferia” planetária para fazer frente à multicrise estrutural capitalista.
França participou na criaçom do Daesh, teoricamente combate-o sem autorizaçom do governo de Damasco no interior da Síria alegando interesses de “segurança nacional”, mas na prática nom deixou de fornercer equipamento e material militar porque o seu verdadeiro alvo é deslocar do governo a Bashar al-Assad e colocar um governinho títere ao serviço das multinacionais galas.
Agora dúzias de mortes e centenares de feridos em Paris som as dorosas consequências da criminosa política do governo Hollande que no dia seguinte dos atentados afirma que a França “declara a guerra ao ISIS”. Mas nom leva bombardeando posiçons do ISIS desde setembro deste ano? Até agora isto era simples apariência, pura propaganda.
O ISIS sim está sendo golpeado duramente pola aviaçom militar russa que abre caminho à infantaria do exército regular sírio e dos destacamentos auxiliares de patriotas, da Hizbollah libanesa, das milícias de voluntários xiitas iraquianos e da Guarda Revolucionária Iraniana. Mas também no norte polas milícias curdas do PKK.
Eis a realidae. As potências ocidentais montárom e apoiam até o momento o ISIS. A sua derrota vai ser provocada polo povo sírio e polas forças que por interesses diversos estám intervindo no seu auxílio.
A UE no seu conjunto, França em particular, nom mexérom um fio para deter o genocídio palestiniano, a massacre dos povos da Síria, do Iraque ou do Iémen. Agora clama ao céu porque dúzias de inocentes som assassinados em Paris. Mas uns dias, antes a mesma organizaçom que reivindicou os atentados, matou a perto de 50 pessoas em Beirut e os meios praticamente nom lhe dedicárom espaço.
As corrutas democracias burguesas ocidentais nom concedem a mesma importáncia à vida dos seres humanos. Nom é igual morrer em Kabul, Alepo, Mossul, Gaza ou Mogadíscio que em Paris, Nova Iorque, Londres, Berlim ou Madrid. Que grande cinismo os que apelam aos direitos humanos e aos valores da civilizaçom!, pois som os mesmos que bombardeiam, invadem, provocam genocídios, êxodos de populaçons, destruiçom de culturas, para apoderar-se do petróleo, do gâs, do uránio, dos aquíferos, do coltam … das rotas comerciais que embaratecem custos como a dos gaseodutos e oleodutos que pretendiam atravessar a Síria para transportar o petróleo e o gás do Golfo Pérsico.
E o prémio Nóbel da Paz, o presidente dos EUA, mister Obama, afirma que os atentados de Paris som um “ataque contra a humanidade e os valores universais que compartilhamos”.
Ele e Hollande, como Cameron ou Netanyahu som os verdadeisros senhores da guerra!!
Manipulaçom e doutrina do shock
Nom nos deixemos manipular pola comoçom e a chantagem emocional que tinham prefabricado os meios de [des]informaçom massiva e que chegado o momento implementam seguindo um protocolo perfeitamente estudado.
O terrorismo do Daesh é produto do imperialismo ocidental, como os muyahidin ou talibans fôrom promovidos, armados e financiados polos Estados Unidos para derrocar o governo progressista e laico do Partido Democrático Popular do Afeganistám (PDPA), que em 1979 tivo que solicitar ajuda da Uniom Soviética para fazer frente à agressom imperialista. Quem tenha visionado Rambo III saberá ao que me refiro.
A doutrina do shock pretende impor um estado de comoçom social para mediante o medo neutralizar a capacidade cognoscitiva das massas, infundindo umha atmósfera irracional de terror e parálise que facilita a adoçom de medidas ultrarreacionárias e desarma a capacidade de luita popular ao deformar as verdadeiras origens e responsabilidades dos conflitos. Isto é o que agora pretende impor o governo francês e as burguesias europeas. A Merkel, o Cameron, o Rajói hoje reproduzem o discurso prefabricado de condolências e firmeza para combater o terrorismo. Mas eles som os que fomentam o terror e a apocalipse em vastas áreas do planeta!!
A açons terroristas de onte facilitam a adoçom de medidas de exceçom muito mais complexas de implantar numha conjuntura de “normalidade”. A militarizaçom social, novas leis que restringem ainda mais as liberdades e facilitam o controlo social serám as consequências diretas dos atentados. Mas também o reforçamento do racismo, da xenofobia, neste caso concreto da islamofobia, como se os que professam a religiom musulmana ou os árabes fossem responsáveis do fundamentalismo yihadista!. Aqui, na Galiza, bem sabemos disto com as contínuas reformas do Código Penal espanhol, a Lei mordaça, a de Segurança Nacional, a criminalizaçom do independentismo, etc.
Quem realmente ganha é o capitalismo, as suas elites sem escrúpulos que falam de paz e extendem a guerra polo planeta, porque mediante o medo contribuem a domesticar e alienar ainda mais as nossas sociedades. A classe obreira nom pode esquecer quem é o seu inimigo, deve extrair leiçons de como o movimento operário foi manipulado tantas vezes mediante o cancro chauvinista. Agora estamos assistindo a um novo capítulo que há que desmascarar. O caminho nom é alinhar com PP e PSOE por puro oportunismo tático eleitoral!
Castellano
Para analizar las causas y consecuencias del múltiple atentado terrorista que asoló este viernes noche París, provocando un saldo provisional de más de 125 muertes y cientos de personas heridas, debemos encuadrar los hechos con perspectiva histórica, y no mediante lecturas superficiales e inmediatistas siguiendo la línea impuesta por el relato de la dictadura informativa burguesa.
A escala global el gobierno del Elíseo, al igual que el conjunto de la UE, actúa como subpotencia imperialista sometida a los intereses de los EUA. Sin embargo, en aquellas zonas del planeta que formaron parte de su antiguo imperio colonial, Francia mantiene una mayor actividad y protagonismo con el objetivo de perpetuar su influencia y tutela. Así en África Occidental tienen desplegadas tropas en diversos países de forma permanente para asegurar recursos vitales de materiales para su economía, como no Mali, en la Costa de Marfil, Chad, República Centroafricana o en Níger, donde el uranio de las minas de Arlit e Imouraren son esenciales para el funcionamiento de las centrales nucleares francesas que generan el 80% de su electricidad.
El control del Sahel, la franja de más de 5.000 kilómetros que se extiende por Senegal, Mauritania, Mali, Argelia y Níger es determinante para garantizar el abastecimiento energético francés. Pero no sólo, Francia tiene cuatro bases militares en el continente: en Djibuti, en el “cuerno de África, en la Isla de Reunión, en el Índico, además de en Senegal y en Gabón.
En 2009 Nicolás Sarkozy inauguró en Abu Dhabi, en los Emiratos Árabes Unidos (EAU), la primera base militar francesa permanente en el Golfo Pérsico y la única que Francia posee fuera de África.
La explotación y dominación de los “países pobres periféricos” empleando diversos y complementarios mecanismos, en que el uso permanente de la hegemonía militar es determinante, fue y es lo que Lenin definió nítidamente como imperialismo, y que contrariamente a lo que nos ha intentado vender el postmodernismo no sólo no ha desaparecido, sino que está más vivo que nunca.
El Estado francés es una potencia imperialista y no el país de la libertad, igualdad y fraternidad que se destacaba hoy en el hipócrito mensaje de pura propaganda política que los partidos del régimen español, con la colaboración lamentable de la izquierda nacionalista galega y de las fuerzas de autodeterminación de la izquierda “rupturista”, han implementado en las principales ciudades de Galiza.
Tanto Siria como el Líbano, después de su desintegración del imperio otomano al final de la Primera Guerra mundial quedaron bajo el control de París en la división regional acordada con Gran Bretaña, rubricada en los acuerdos secretos Sykes-Picot (1916).
Imperialismo francés
Francia como antigua potencia colonial, vio una magnífica oportunidad para recuperar su influencia en Siria, participando desde el minuto cero en la estrategia de derrumbar al gobierno de Bacher Al Assad mediante la exportación de las prefabricadas “primaveras árabes” por los servicios de inteligencia imperialista que alteraron parcialmente algunos de los gobiernos del norte de África desde 2010..
Francia ha jugado un rol muy destacado en la creación, en la financiación, en la formación, dotación de armas de todo tipo de material logístico de lo que inicialmente era un conjunto de pequeños grupos terroristas de orientación yihadista hasta transformarlos en un enorme ejército mercenario, tras el fracaso de la vía de derrocar de Damasco al actual gobierno sirio mediante la “rebelión espontánea” iniciada en marzo de 2001 en la ciudad sur-occidental de Daraa.
Recientes declaraciones públicas de François Hollande, como también de Hillary Clinton, reconocen abiertamente su apoyo a las fuerzas terroristas que pretenden imponer un califato en la región. Pero la política de la mentira y de la manipulación más burda, los cambios tácticos provocados por la pérdida de control del monstruo tal como le sucedió a Victor Frankenstein, y el fracaso de la destrucción de Siria tal como lo tenían previsto las monarquías feudales del golfo, Israel, Turquía, etc, por el veto de Rusia y de China en el Consejo de Seguridad de la ONU,. Impidiendo una intervención directa como en Libia, tiene provocado una enorme confusión en la población galega y occidental. Pero también cumple no obviar que las vacilaciones de las fuerzas de izquierda y progresistas no han contribuido a clarificar cual es la posición correcta.
Caos capitalista e hipocresía occidental
De hecho los medios de (des) información occidentales no divulgaron, ni divulgan, ilustrativo material gráfico que se puede encontrar con facilidad en la red donde aparece el senador republicano ianqui John McCain con el actual “califa” Abu Bakr al Baghdadi, también conocido como Ibrahim al-Badri, líder del ISIS o Daesh en su acrónimo árabe.
El que fue candidato presidencial de la extrema-derecha, que actúa como “chanceler” de la Casa Blanca y del complejo militar industrial para los temas “sensibles” en que es desaconsejable la presencia de John Kerry, mantuvo una reunión ilegal en Siria en mayo de 2013 con destacados dirigentes y líderes de las fuerzas terroristas que combatían y combaten al gobierno de Damasco, que sirvió para impulsar la guerra y la devastación.
La expansión del Daesh en Siria, en Irak, en Iemen, en el norte de África, sólo fue y es posible con el ingente apoyo imperialista.
Esta es la realidad. La expansión del Daesh en Siria, en Irak, en Iemen, en el norte de África, sólo fue y es posible con el ingente apoyo imperialista, bien directamente, o bien mediante los gobiernos de los países que defienden los intereses imperialistas: Arabia Saudita, Qatar, Turquía e Israel. Reparemos que el Estado sionista -teóricamente enemigo principal en el discurso yihadista-,no ha sido objetivo del Daesh hasta el momento, y si presta cobertura logística en el ámbito hospitalario, de las comunicaciones, de la inteligencia, etc a algunos de los más sanguinarios grupos de la constelación terrorista que pretende acabar con la República Árabe Siria.
Damasco llevaba meses advirtiendo que Europa pagaría caro las consecuencias de apoyar al terrorismo en Siria. Sus pronósticos eran acertados, tal como se ha constatado en París.
Los EUA y Francia crearon a ISIS o Daesh, y durante mucho tiempo ha sido funcional para intentar doblegar a Irán, para dificultar la independencia del Kurdistán, para dividir artificialmente al mundo musulmán con diversas lecturas del Corán, para proteger a Israel, pero también para justificar entre las sociedades occidentales la estrategia del kaos que el capitalismo está implementando en amplias zonas de la “periferia” planetaria para hacer frente a la multicrisis estructural capitalista.
Francia participó en la creación del Daesh, teóricamente combate sin autorización del gobierno de Damasco en el interior de Siria alegando intereses de “seguridad nacional” pero en la práctica no ha dejado de abastecer con equipamiento y material militar porque su verdadero objetivo es derrocar del gobierno a Bashar al-Assad y colocar un gobierno títere al servicio de las multinacionales galas.
Ahora docenas de muertes y cientos de heridos en París son las dolorosas consecuencias de la criminal política del gobierno Hollande que el día siguiente de los atentados afirma que Francia “declara la guerra a ISIS”. Pero no lleva bombardeando posiciones del ISIS desde septiembre de este año? Hasta ahora esto era simple apariencia, pura propaganda.
ISIS si está siendo golpeado duramente por la aviación militar rusa que abre camino a la infantería del ejército regular sirio y de los destacamentos auxiliares de patriotas, de la Hizbollah libanesa, de las milicias de voluntarios xiitas iraquianos y de la Guarda Revolucionaria Iraniana. Pero también en el norte por las milicias kurdas del PKK.
Esta es la realidad. Las potencias occidentales montaron y apoyan hasta el momento a ISIS. Su derrota será provocada por el pueblo sirio y por las fuerzas que por intereses diversos están interviniendo en su auxilio.
La UE en su conjunto, Francia en particular, no movieron un hilo para detener el genocidio palestino, la masacre de los pueblos de Siria, de Irak o de Yemen. Ahora clama al cielo porque docenas de inocentes son asesinados en París. Pero unos días antes, la misma organización que reivindicó los atentados, mató a cerca de 50 personas en Beirut y los medios prácticamente no le dedicaron espacio.
No es igual morir en Kabul, Alepo, Mossul, Gaza o Mogadiscio que en París, Nueva York, Londres, Berlín, o Madrid.
Las corruptas democracias burguesas occidentales no conceden la misma importancia a la vida de los seres humanos. No es igual morir en Kabul, Alepo, Mossul, Gaza o Mogadiscio que en París, Nueva York, Londres, Berlín o Madrid. Que grande cinismo los que apelan a los derechos humanos y a los valores de la civilización, pues son los mismos que bombardean, invaden provocan genocidios, éxodos de poblaciones, destrucción de culturas, para apoderarse del petróleo, del as, del uranio, de los acuíferos, del coltán...de las rutas comerciales que abaratan costes como la de los gaseoductos y oleoductos que pretendían atravesar Siria para transportar el petróleo y el gas del Golfo Pérsico.
Y el premio Nóbel de la Paz, el presidente de los EUA, mister Obama, afirma que los atentados de París son un “ataque contra la humanidad y los valores universales que compartimos”.
Él y Hollande, como Camron o Netanyahu son los verdaderos señores de la guerra!!
Manipulación y doctrina del Shock
No nos dejemos manipular por la conmoción y el chantaje emocional que tenían prefabricado los medios de (des)información masiva y que llegado el momento implementan siguiendo un protocolo perfectamente estudiado.
El terrorismo del Daesh es producto del imperialismo occidental, como los muyahidin o los talibanes fueron promovidos, armados y financiados por los Estados Unidos para derrocar al gobierno progresista y laico del Partido Democrático Popular de Afganistán (PDPA), que en 1979 tuvo que solicitar ayuda de la Unión Soviética para hacer frente a la agresión imperialista. Quien haya visualizado Rambo III sabrá a lo que me refiero.
La doctrina del shock pretende imponer un estado de conmoción social en el que mediante el miedo neutralizar la capacidad cognoscitiva de las masas, infundiendo una atmósfera irracional de terror.
La doctrina del shock pretende imponer un estado de conmoción social para mediante el miedo meutralizar la capacidad cognoscitiva de las masas, infundiendo una atmósfera irracional de terror y parálisis que facilita la adopción de medidas ultrarreaccionarias y desarma la capacidad de lucha popular al deformar las verdaderas orígenes y responsabilidades de los conflictos. Esto es lo que ahora pretende imponer el gobierno francés y las burguesías europeas. Merkel, Cameron, Rajoi hoy reproducen el discurso prefabricado de condolencias y firmeza para combatir al terrorismo. Pero ellos son los que fomentan el terror y el apocalipsis en vastas áreas del planeta!!
Las acciones terroristas de ayer facilitan la adopción de medidas de excepción mucho más complejas de implantar en una coyuntura de “normalidad”. La militarización social, nuevas leyes que restringen aún más las libertades y facilitan el control social serán las consecuencias directas de los atentados. Pero también el reforzamiento del racismo, de la xenofobia, en este caso concreto de la islamofobia, como si los que profesan la religión musulmana o los árabes fuesen responsables del fundamentalismo yihadista. Aquí en Galiza, bien sabemos de esto con las continuas reformas del Código Penal español, la Ley mordaza, la de Seguridad Nacional, la criminalización del independentismo, etc.
Quien realmente gana es el capitalismo, sus élites sin escrúpulos que hablan de paz y extienden la guerra por el planeta, porque mediante el miedo contribuyen a domesticar y alienar aún más nuestras sociedades. La clase obrera no puede olvidar quien es su enemigo, debe extraer lecciones de como el movimiento obrero fue manipulado tantas veces mediante el cáncer chovinista. Ahora estamos asistiendo a un nuevo capítulo que es preciso desenmascarar. El camino no es alinearse con PP y PSOE por puro oportunismo táctico electoral.